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Observatório dos Conflitos

No Paralelo 30 desta segunda-feira, 8 de novembro, teremos mais uma edição em parceria com o Observatório dos Conflitos do Extremo Sul do Brasil y Este del Uruguay. Neste encontro, o tema escolhido é “A Educação Pública: Escola e universidade, sob ataque dos empresários e seus governos". Para fazer este debate, estarão conosco Marco Mello,

 
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Segundo dia de Seminário Integrado tem debate sobre Ensino e Aprendizagem e Saúde mental e física

Começou na última segunda-feira, 8 de novembro, o I Seminário Integrado da FURG. Organizado pelas entidades representativas das categorias da Universidade, APTAFURG (Técnic@s em Educação), APROFURG – Seção Sindical do Andes – SN (Docentes), DCE (Estudantes de graduação) e APG (Estudantes de pós-graduação) e reitoria, o evento tem como objetivo promover a discussão sobre as experiências vivenciadas na universidade, com atividades presenciais e remotas, no período da pandemia de COVID-19.

O Evento é consultivo e não deliberativo, e há uma grande importância para os debates de todos os sujeitos que fazem parte da comunidade universitária, pois a partir desses será possível realizar uma avaliação desse momento.

Na terça feira aconteceram duas mesas temáticas: Ensino e Aprendizagem e Saúde mental e física. Os participantes foram divididos em oito salas com em média de 50 pessoas em cada uma. 

Na mesa sobre Ensino e aprendizagem, realizada no turno da manhã, foram discutidos o contexto do ensino remoto e suas implicações nas atividades de ensino e de aprendizagem, a interação ‘virtual’ entre professor(a) e aluno(a) e as (im)possibilidades de aprendizagem e de formação humana e profissional críticas. Além dessas questões foram debatidas como as condições objetivas e subjetivas relativas ao trabalho educativo no período da pandemia e suas implicações para o ensinar e o aprender foram realizadas e quais foram os desdobramentos e resultados percebidos pela comunidade. 

No turno da tarde aconteceu a mesa temática Saúde mental e física. O objetivo da discussão foi dialogar sobre os desafios enfrentados pela comunidade acadêmica envolvendo sua saúde mental e física.

Dentre as diversas discussões que foram realizadas pode-se destacar a saúde física e menta, quel são integradas, coletivas e devem ser compartilhadas. Não significa que a preocupação de estar bem individualmente deva ser sobreposta ao bem-estar coletivo, pois esse deve ser protagonista. Diversos depoimentos, consensualmente, trouxeram o sofrimento das famílias, ocasionado pela COVID-19, e que além da pandemia, houveram outros fatores que provocam esse sofrimento como a crise econômica que milhares de pessoas vem enfrentando, a crise ambiental e tudo isso conectado levando à uma crise da saúde física.

Outro elemento que permeou os debates foi os benefícios e malefícios das tecnologias. Algumas perguntas sempre são feitas e precisam ser debatidas:  Qual o grau de adoecimento que foram vividos nesse período quando somos atravessados pelas tecnologias? Estamos juntos de quem está afastado quando estamos conectados, mas estamos separados de quem estamos próximos? É possível realizar diversas atividades ao mesmo tempo? Quando estou em uma reunião online, é saudável, ao mesmo tempo responder diversos e-mails, responder demandas de atividades, corrigir provas ou atender estudantes via aplicativos de mensagem? Até que ponto é possível fazer tudo isso com saúde mental e física? Essas perguntas foram mencionadas diversas vezes por quem estava participando do seminário e, certamente, também é feita por diversos sujeitos inseridos nesse processo. 

“Não temos mecanismos que nos permitam evitar o adoecimento das pessoas, fazer mais em menos tempo, há de existir um limite. É necessário que a universidade limite o tempo de trabalho dos servidores, não permitir, não incentivar que possa ter um trabalho com horário demasiado, e se tornando natural. Não podemos naturalizar o trabalho na madrugada, fora do horário de carga de trabalho. É necessário perceber a complexidade desse trabalho. Tem de haver um limite para que cada semestre o estudante possa ter uma carga horária adequada e sem uma quantidade imensa de disciplinas, pois dessa forma não há tempo de reflexão, de diálogo, de leituras e assim prejudicando o aprendizado”. Essa fala traz um bom resumo do impacto desse tempo pandêmico na saúde mental e física dos indivíduos. 

Como afirmam diversos participantes é necessário limitar o volume e racionalizar os espaços de trabalho, tanto de docentes, técnicos e estudantes, pois essa rotina de trabalho sem limites não tem efeitos positivos.

Nesse sentido é que surge um outro questionamento: E o retorno, como será? Que recursos teremos para se lidar com as questões de saúde como depressão, questões psicológicas, pois há uma necessidade real, concreta, pela busca de auxílio profissional e, como a Universidade está se preparando para esse momento?

Há um consenso no debate de que será necessário um grande aparato de profissionais da área da saúde para que o retorno presencial aconteça de forma equilibrada e tranquila. É urgente que a universidade pense e dialogue com as pessoas impactadas nesse processo e assim dessa forma mitigue os problemas que serão enfrentados nesse retorno, seja presencial ou híbrido, em um determinado momento.

PROGRAMAÇÃO

Amanhã, dia 11 de novembro, penúltimo dia do seminário, os grupos de trabalho vão discutir dois temas: “participação democracia e assédio” e “retorno presencial ou híbrido, segurança sanitária”.

 
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Entidades representativas e reitoria dão início ao I Seminário Integrado da FURG

Por Diego Balinhas – APROFURG

A atividade começou na noite de ontem, dia 8 de novembro e se estende até a próxima sexta-feira, dia 12. 

Uma construção coletiva que começou há mais de cinco meses teve início na noite desta segunda-feira, dia 8 de novembro. O “ I Seminário Integrado FURG – A vida acadêmica em tempos de pandemia” é uma realização das entidades representativas dos professores(as), técnicos(as), estudantes e pós-graduação, juntamente com a reitoria da universidade. Mais de 500 pessoas fizeram as inscrições para participar dos debates até o dia 12 de novembro.

Para dar início às atividades, o reitor em exercício da FURG, Renato Dias foi o primeiro a se manifestar na mesa de abertura, que teve transmissão ao vivo pelo canal da universidade no youtube. “A FURG se soma às entidades para pensar este período pandêmico que a vida acadêmica enfrenta desde março do ano passado”, destacou Dias. 

Dias disse ainda que a sociedade como um todo, juntamente com as tarefas na FURG foram atravessadas por esse movimento inimaginável, que transformou as atividades de um formato presencial para o modelo remoto. “Esse modelo emergencial de atividades remotas trouxe uma série de desafios, e através deles decidimos juntamente com a Aprofurg, Aptafurg, DCE e APG dedicar um momento para pensar e avaliar os nossos fazeres cotidianos, pessoais e profissionais”.

Já a mesa de abertura do evento contou com a presença da representante da Associação de Pós-Graduandos FURG (APG), Gislene Portugal, da professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Amanda Moreira, da professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Maria do Socorro Oliveira e da advogada Maria Letícia Sampayo Pontes. A estudante da FURG, Samantha Loeschener também iria participar da abertura mas teve um contratempo.

A presidenta da APROFURG – Seção Sindical do ANDES-SN, Marcia Umpierre conduziu a mesa composta só por mulheres. “O seminário é algo que estamos trabalhando desde junho deste ano, e a nossa proposta é de escuta. Nós queremos ouvir a comunidade da FURG, levantando questões para pensar e repensar. A nossa ideia é a partir deste primeiro encontro repetir em um segundo seminário, para aprofundar o debate”, disse Marcia. 

A primeira a falar sobre as suas angústias e os seus anseios foi a doutoranda em educação ambiental da FURG, Gisleine Portugal. “Não temos como falar somente da vida acadêmica, nós também temos que falar sobre a organização familiar, a vida social, as condições psicológicas, enfim, são muitos elementos levantados no debate. Até porque isso é um assunto muito novo, e nós não tivemos tempo de entender como tudo isso funciona. Eu considero esse seminário um momento de respiro, um momento muito importante para olharmos com calma todos os passos ao longo deste um ano e meio de distanciamento social”, explicou Gisleine.

A doutoranda lembrou ainda outros impactos da pandemia sobre os alunos e alunas. “Tivemos um impacto financeiro com a falta de reajuste das nossas bolsas, além dos impactos da nossa saúde mental. O ensino remoto foi visto como uma alternativa, mas tivemos que passar pela familiarização das mais diversas tecnologias, ferramentas virtuais, e isso ocasiona muitas tarefas e pouca aprendizagem e diálogo”, destacou.

O segundo momento de fala ficou a cargo da advogada Maria Letícia Pontes, que iniciou comentando sobre democracia e ser humano. “A minha área é diferente das outras mulheres que compõem a mesa, mas eu acredito que possa contribuir para o debate, principalmente quando falamos sobre democracia, participação e assédio moral. A palavra democracia me contagia e me movimenta enquanto ser humano, e já que estamos falamos de ser humano, não existem dúvidas que a pandemia foi muito impactante para todos nós”, lembrou Maria.

A advogada munida de um dos seus instrumentos de trabalho, a Constituição Federal de 1988 lembrou vários artigos que ressaltam a importância das pessoas. “O artigo primeiro da constituição cita o estado democrático de direito e salienta em um dos seus incisos a dignidade da pessoa humana, e é isso que tem que ser pensado e trabalhado”, complementou a advogada.

Maria explicou também sobre questões do assédio moral, durante a pandemia. “O que se revela é que o assédio moral era utilizado como ferramenta de gestão e não só entre os servidores, pois existem várias vertentes do assédio. Por isso ele é tão difícil de ser combatido. Já existem políticas de combate ao assédio, mas ao meu ver ainda são muito discretas. E durante o ensino remoto, o assédio parou? Acho pouco provável, pois a dinâmica ainda continua sendo de poder”, disse a advogada.

O terceiro momento da mesa de abertura do “I Seminário Integrado FURG” foi dedicado à docente da UERJ, Amanda Moreira, que trouxe a realidade vivida por ela durante a pandemia. “Depois de 20 meses de pandemia, o futuro retorno presencial ou presencial parcial, variando de universidade para universidade, tem que ser discutido e debatido”, disse.

A professora lembrou que o ensino remoto surge em um momento de profundo ataque às universidades públicas. “Hoje temos uma perspectiva caótica, com a aprovação da EC 95 – que congelou os gastos públicos por 20 anos – e agora o aprofundamento da pauta ideológica, a partir de 2019 com o governo Bolsonaro, e principalmente o ministério da educação que vê as universidades públicas como inimigas”.

Os dados de uma pesquisa realizada pela Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Asduerj), que fez um diagnóstico sobre o processo de ensino e trabalho remoto e os impactos na saúde docente, trouxeram uma realidade assustadora para os que participavam do evento.

Cerca de 45% dos docentes trabalharam entre 9h e 12h, durante a pandemia e mais de 14% respondeu que trabalhou mais de 12h por dia, lembrando que a carga horária máxima dos docentes é de 40 horas. Outro dado pincelado pela professora da UERJ e apresentado na conversa foi que 35% dos docentes trabalhavam sempre aos finais de semana e 36% eventualmente, durante os fins de semana e feriados. “Comparado a períodos pré-pandemia, 71% dos docentes disseram que o trabalho aumentou e 90% disse que tem a impressão que o tempo não é suficiente para cumprir as demandas. 33% dos docentes acessaram a caixa de e-mail mais de 10 vezes no dia e 47% acessaram mais de 10 vezes aplicativos de mensagens”, explicou a professora.

A última fala da noite de ontem foi da professora da UFRPE, Maria do Socorro Oliveira. A docente que também ocupa um cargo de gestão na universidade trouxe a sua perspectiva sobre todo esse processo. “ Nós nunca paramos, as universidades sempre continuaram trabalhando, quando nós suspendemos os calendários acadêmicos foi para apenas achar alternativas em um contexto sanitário de uma pandemia”, relatou.

Maria do Socorro disse ainda que escuta muito dos colegas que o trabalho durante a pandemia foi bom, pois isso vai permitir avançar nas tecnologias. “Eu tenho muitas dúvidas sobre tudo isso, será que realmente teremos uma universidade melhor? Será que isso será positivo? No mínimo temos que ter muita reflexão sobre os meses de trabalho durante a pandemia. Vale lembrar que essa reflexão não chegou ao conselho nacional de educação. Nós esperávamos que saísse uma orientação sobre o retorno gradual, progressivo, com segurança sanitária, biológica, pedagógica e simplesmente essa questão do ensino híbrido foi totalmente ignorada”,  concluiu a professora.

PRÓXIMOS DIAS

A programação dos próximos dias é inten e extensa. A partir desta terça-feira, dia 9 de novembro, até o próximo dia 12, um conjunto de mesas vai ocorrer de forma online, apenas para os(as) inscritos(as) no Seminário. Esses grupos de trabalho serão divididos por dia e vão abordar assuntos como participação, democracia e assédio, teletrabalho, pesquisa na pandemia, saúde mental e física, ensino e aprendizagem, entre outras pautas. No último dia do evento, 12 de novembro, a programação também conta com uma plenária final, às 19h, que terá transmissão pelo youtube da FURG.

 
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Mês da consciência negra

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