Gostaria de lembrar a todos que o dia do trabalhador e da trabalhadora não é uma data comemorativa e muito menos de descanso em virtude do feriado. Ela é uma data de luta por direito dos trabalhadores e ela teve sua origem em um movimento de greve estadunidense em 1º de maio de 1886, onde os trabalhadores postulavam a redução da carga horária de trabalho para 8 horas diária. Isso nos faz refletir que todos os direitos que temos hoje não foram frutos da bondade dos nossos patrões e muito menos dos legisladores, foram frutos de muita luta.

E a nossa realidade como servidores públicos que somos não é diferente, e pudemos verificar isso com a implementação do nosso acordo de greve. E ainda temos muitas lutas pela frente, como a implementação da aceleração da progressão por capacitação, a equiparação do auxílio-alimentação entre os três poderes, redução da nossa jornada de trabalho para 30 horas semanais, política efetiva de capacitação, política de saúde dos trabalhadores, reenquadramento dos aposentados e entre outras. Mas só teremos êxito com a participação do maior número possível de trabalhadores. Só assim provaremos o nosso merecimento.

Temos que mostrar em movimento de luta a nossa força, a força do trabalhador, que só unido em luta consegue colher frutos. Sem luta, sem ganho.

Trabalhadores, univos!

 

Everton Porciuncula

Coordenador Geral da APTAFURG

 

 

Olá, companheiros e companheiras da FURG e do IFRS. Celebramos o Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, uma data que nos convida à reflexão sobre nossas conquistas e nossos desafios coletivos. Este ano também marca um momento especial da nossa história, os 40 anos da APTAFURG, sindicato que tem sido pilar de resistência e organização da nossa categoria ao longo de quatro décadas de luto.

Em 2024, nossa categoria protagonizou uma das maiores greves da educação federal, com mais de 100 dias de mobilização em defesa da carreira e do serviço público. As conquistas foram importantes, mas os desdobramentos seguem em 2025. Estamos mobilizados em grupos de trabalho, na Comissão Nacional de Supervisão de Carreira e nos GTs locais, lutando para que o acordo firmado seja plenamente implementado.

Vivemos um momento em que os ataques ao serviço público se intensificam. A educação pública é alvo de cortes, desvalorização e uma proposta de reforma administrativa que visa desmontar direitos históricos. Mas há um ataque ainda mais silencioso e perigoso, um esforço sistemático para que a gente não se reconheça como parte da classe trabalhadora.

Tentam nos fragmentar, nos isolar, nos fazer acreditar que nossos problemas são individuais. Por isso, é urgente reconstruir o sentimento de classe, reconhecer que somos muitos, que compartilhamos as mesmas lutas e que só com solidariedade, organização e unidade seremos capazes de defender nossos direitos e construir um futuro justo.

O Dia do Trabalhador não é apenas para comemorar, é de lembrar que nossas conquistas vieram de luta coletiva e que ainda há muito por fazer.

 

Patrick Mastos  Freitas

Coordenador Administrativo e Financeiro