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Técnicos e Técnicas em Educação da FURG e IFRS começam greve nacional da categoria

Começou hoje, 11 de março, a greve nacional da categoria dos técnicos e técnicas em educação das universidades e institutos federais de todo o país. Na FURG e IFRS- campus Rio Grande, o movimento teve seu inicio com uma assembleia geral da categoria, que aconteceu de forma hibrida, tanto presencial quanto remota e contou ampla participação da categoria, com mais de 150 participantes.

Durante a assembleia foram debatidos assuntos como a conjuntura que levou a deflagração do movimento grevista, as negociações com o Governo Federal, instalação do Comando Local de Greve, entre outros assuntos.

Segundo Berenice Barcelos, coordenadora da APTAFURG, a avaliação da participação da categoria na assembleia e no início do movimento grevista, foi positivo, pois contou com uma grande quantidade de servidores e servidoras. “O movimento grevista se faz com a participação de todos e todas as colegas e uma greve para que tenha legitimidade tem que ter a participação efetiva da categoria e nossa assembleia, de hoje, demonstrou isso. Demonstrou que estamos unidos e unidas e, certamente, mostraremos ao governo nossa força na luta pelos direitos de todos os trabalhadores, da ativa e aposentados, das universidades e institutos federais”, afirmou a coordenadora.

Como pauta a greve tem como principais pontos a recomposição orçamentária das instituições no mínimo ao patamar de 2015; revogação da IN /2023 que impede direito de greve; debate da jornada de trabalho de 30 horas para todos servidores, fim do ponto eletrônico; reposicionamento dos aposentados; bem como reposição do quadro, concurso já para todos os cargos – chega de terceirização; o fim da lista Tríplice e a Paridade nas eleições para a Reitoria. Outros pontos da greve são o fim da discussão da Reforma Administrativa, revogação da Lei da EBSERH, a normatização do Plantão 12/60 nos HU e o fim das normativas que dificultam o direito à insalubridade.

Segundo a Fasubra, Federação que representa a categoria, 32 Universidades já estão com a greve deflagrada, enquanto 18, farão assembleias hoje, dia 11, outras 4 entidades farão no decorrer da próxima semana e 12 instituições ainda não se manifestaram.

Próximos passos

O Comando Local de greve irá se reunir, amanhã, 12 de março, para definir as próximas atividades do movimento na FURG e IFRS.

 
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Horário da Secretaria da APTAFURG

Informamos que a secretaria do Sindicato estará funcionando nas próximas semanas com um horário especial, provisóriamente.

Do dia 22/02 à 05/03 o horário de atendimento será de segunda a quinta das 12h às 18h e nas sextas das 8h às 14h.

Nesse período o atendimento jurídico será online, mas somente no HU será presencial.

A partir do dia 06/03 atendimento normal

 
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Avaliação sobre o cenário de Greve para a categoria

A Plenária Nacional da FASUBRA, realizada em dezembro de 2023, deliberou o indicativo de greve para primeiro trimestre de 2024, ou seja, até março. A Direção Nacional da FASUBRA, seguindo deliberação da Plenária, em reunião realizada no dia 18 de janeiro definiu o indicativo de greve para o dia 11 de março, e orientou que as entidades de base fizessem rodada de assembleias no período de 26 de fevereiro à 1º de março de 2024, para aprovação da deflagração da greve caso não houvesse contraproposta que contemplasse as reivindicações da categoria. Na reunião dia 23 de fevereiro, a Direção Nacional da FASUBRA avaliou que a contraproposta apresentada pelo MGI não contempla a Categoria, já que o recurso financeiro oferecido para implementação em 2025 e 2026 não é suficiente para a reestruturação do PCCTAE e não teria nenhuma recomposição salarial dentro da carreira para 2024. A DN avaliou que é de fundamental importância que as entidades filiadas façam todos os esforços possíveis de mobilização para que tenhamos assembleias participativas para construir e deflagrar uma greve forte. Ainda temos uma conjuntura complexa em que de um lado a extrema direita que mobilizou 180 mil pessoas com bandeiras do Brasil, de Israel e Estados Unidos para ouvir Jair Bolsonaro na Avenida Paulista em São Paulo – SP no dia 25 de fevereiro e, do outro lado o Governo Lula com políticas limitadas para os servidores públicos federais, e com uma postura desrespeitosa com as entidades representativas do setor da educação federal, que têm um dos piores pisos salariais do serviço público, e condescendente com categoria que têm salários melhores, como é o caso dos servidores do Banco Central, e de categoria que não apoiaram a eleição deste governo, pelo contrário, tentaram impedir que os eleitores, principalmente do nordeste, como é o caso da polícia federal. Essa constatação se deve pelo fato de o Governo Lula conceder a esses servidores propostas efetivas de recomposição/reajuste salarial, ao passo que, para o segmento de servidores de educação que foram base de sua campanha eleitoral na luta contra a candidatura fascista de Jair Bolsonaro, destina recursos insuficientes para a reestruturação da nossa carreira. Essa postura do Governo Lula não contribui para o necessário fortalecimento de uma base social e política para o enfrentamento à extrema direita nesse próximo período. Na última reunião que ocorreu dia 22 de fevereiro entre FASUBRA, SINASEFE, Ministério da Educação (MEC) e Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), a representação do governo, além de se portar de forma desrespeitosa quando seu principal interlocutor, retirou-se da reunião antes do seu término, não apresentou nenhuma proposta diferente do que foi apresentado na mesa geral de negociação no dia 18 de dezembro de 2023, forçando a Categoria a escolher entre duas opções que não contemplam suas necessidades e reivindicações atuais: 1) usar o escasso recurso oferecido para reestruturar o PCCTAE; ou 2) usar como recomposição linear da inflação, ou seja, como foi à recomposição salarial emergencial de 2023. A Direção Nacional da FASUBRA enfatiza que não houve nenhum avanço no processo negocial. Nenhum orçamento novo e exclusivo para o PCCTAE foi oferecido na mesa específica, indo ao encontro do que foi oferecido em todas as outras mesas que fecharam acordo até agora com o governo. Essa postura, além de não fortalecer e valorizar a educação dentro do serviço público federal, como foi anunciado pelo governo em muitos pronunciamentos do presidente Lula, em nada ajuda a nossa Categoria na luta pela superação do fascismo em nosso país. Acreditamos que a negociação está muito aquém do que esperávamos. Se não construirmos uma forte greve não teremos a valorização que almejamos e ficaremos sem recomposição salarial em 2024, política que afetará fortemente, em especial aos aposentados, os quais, não foram contemplados com os reajustes dos benefícios em 2024. Os aposentados e pensionistas não terão direito ao recebimento dos auxílios-alimentação e creche em 2024. É mais do que necessário que as entidades de base mobilizem e construam assembleias, preferencialmente presenciais, participativas para deflagração da greve. O cenário político aponta para a realização de uma greve da FASUBRA, uma vez que o ANDES-SN e o SINASEFE não indicaram até o momento a possibilidade de construção de greve conjunta. A Direção Nacional da FASUBRA compreende a importância de continuar o diálogo com essas entidades, visando o fortalecimento da greve e a adesão dessas entidades ao movimento grevista, buscando uma pauta de luta unificada, com o apoio dos estudantes, para fortalecer nosso movimento.

A DN lembra à sua base que todos os ganhos que a Categoria teve ao longo dos anos são frutos de greves unicamente da FASUBRA e não com greves conjuntas. Por isso, a greve da Categoria apontada pela FASUBRA é de suma importância. No sábado (24/02/24), a Direção da FASUBRA realizou, no período da manhã, reunião com 39 entidades filiadas, na qual as entidades informaram sobre o grau de mobilização em sua base. Ao final, foi encaminhado que, após a rodada de assembleias (26/2 a 1/3), será realizada no dia 9 de março de 2024, em caráter excepcional, uma Plenária Virtual da FASUBRA, no horário de 9h às 13h, na parte da manhã, e de 14 às 18 horas, na parte da tarde, com o objetivo de compartilhar orientações políticas e jurídicas em relação ao novo processo grevista, no cenário da decisão do STF em que nos obriga a pagar horas, do ponto eletrônico e do PGD, que contará com a participação da Assessoria Jurídica da Federação.

 
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Nasci no Movimento Negro e nele me constituo

Gabriele Costa Pereira sou mestre em Educação, licenciada em Letras Português Francês e criadora do projeto Turbante-se com Gabriele Costa.

Início está escrita, pontuando a importância dos meus laços familiares, pois a minha família foi de Movimento Negro, educava os seus para a sua valorização enquanto raça/cor, a minha base foi que me ergueu para me tornar uma ativista da pauta racial nos dias de hoje, de forma que busco por intermédio da educação uma educação antirracista nos espaços de ensino formais e informais. O Movimento Negro te ensina a importância da coletividade, em que tudo que nós somos é porque estamos em comunhão, como também te ensina a caminhar com as suas próprias pernas para teres a autonomia de buscar o seu destino mas sempre pontuando a sua base e a sua luta pela pauta racial.

Quando criança, na foto com os meus presentes de um ano, estava a minha boneca preta, meus avós paternos Dacila Almeida e Páscacio Pereira, me deram, fui a única neta a ganhar aquela boneca preta, porque será?  Hoje com meus 37 anos, imagino os motivos pois sou a única da família pereira que sigo lutando pela nossa raça/cor. Minha avó era mestiça, estrangeira, nascida no Uruguai, trabalhou nas fábricas de peixe na cidade de Rio Grande e cada vez que tinha que ir acertar sua documentação haviam situações que a entristeciam, me lembro como se fosse hoje: – Avó tem que ir lá, senão mandam ela de volta pro Uruguai e tu não vai mais ver ela! O vô era da Brigada, tocava sax no Caixeral, depois virou sapateiro para se distrair. Ele era muito bravo, e minhas tias contavam que ele levava elas nos bailes do Oriente, onde elas dançavam e concorriam a títulos de beleza afro, Mais bela negra, Miss Café com Leite, entre outros.

Na família dos meus avós maternos Elóa Cardoso e Deoracy Costa, meus avós sempre me ensinaram os valores da moradia no campo, a importância de brincar no barro e fazer casas, comidas em fogão de lenha, buscar frutas no meio da mata fechada, aprender a viver com o mínimo mas ser feliz. Meus avós maternos junto com os familiares da minha avó criaram a Sociedade Recreativa Disfarça e Olha em 1957, um espaço de resistência cultural para eles se divertirem e de valorização da cultura negra, mas haviam alguns amigos brancos, pois naquela época não permitiam a entrada de negros nos bailes de brancos na cidade.

Meus pais, meu pai Jesus Francisco Pereira se casa com a minha mãe Maria Aparecida Costa, com o cabelos Blake Power, no Braço é Braço, onde era um baile para pessoas negras em Rio Grande. A mãe sempre envolvida em doações informais de roupas e comidas (até hoje), era da cooperativa que distribuía vales de leites para as famílias da Dom Bosquinho, meu pai se torna sindicalista da Corsan quando eu ainda era criança. Eu nasci, em 1986 no meio destas pessoas que já lutavam por seus direitos sejam eles de raça, gênero ou classe.

Mal nasci e já fui pra creche da vila, e hoje como eu agradeço, a educação e os espaços de ensino sempre foram algo muito presente na minha vida, minha mãe recreacionista de escolas infantis, a minha jornada era, escola e creche, sempre. E nas férias, na casa dos meus avós maternos com a educação no campo e a lida. Sempre contei quantos eram meus pares negros em todos os espaços, que eu estava (até hoje). Desde a escola até as aulas do doutorado em educação como aluna especial na Universidade Federal de Pelotas, lá somos onze, contando com a professora. Um sonho, chegar neste espaço com meus pares!Mas até chegar aí, passei (passo) por muitas coisas desnecessárias que hoje me fortalecem, enquanto Gabi, hoje sou conhecida como a Gabi dos Turbantes, a professora mestra em educação pela Universidade Federal do Rio Grande, criadora do projeto Turbante-se com Gabriele Costa. Em abril de 2014, comecei a trabalhar na rede estadual de ensino como monitora de alunos portadores de necessidades especiais, um grande desafio, duas meninas com paralisia cerebral no ensino médio, em uma escola que na época não estavam preparados para nos receber. Mas conseguimos, hoje a Fernanda Moreira, a qual acompanhei os três anos de ensino médio, está formada em biblioteconomia. E nesta escola junto com a Fernanda, uma menina negra e as minhas pesquisas colaborei com as atividades para as pautas raciais neste espaço.

A minha trajetória inicia após um convite para uma reunião da juventude negra do Conselho Municipal do Desenvolvimento Social e Cultural da Comunidade Negra COMDESCCON de Rio Grande, pelo meu primo Marcel Amaral, no antigo presídio da cidade, éramos poucos mas com muita vontade. Eu era uma das únicas pessoas formadas na época e da licenciatura, em março de 2014. Foi a partir deste encontro que eu amadureci ainda mais a minha identidade racial. A cada reunião era um novo saber, uma nova pessoa que eu conhecia do movimento negro de Rio Grande, algumas delas já partiram para outro plano, mas foram muito importantes para mim. Participava também de algumas ações do NEABI- FURG.Mas ao mesmo tempo que eu estava ali com eles e elas, durante a jornada acadêmica, eu já estudava a Carolina Maria de Jesus, Machado de Assis, Frantz Fanon, Aimé Cesairé, pesquisava lendas tradicionais sobre negros. Eu já fazia algumas movimentações…

Foi lá na juventude negra que conheci meus pares, que sou muito grata, mesmo que os nossos destinos tenham nos distanciado. Em algumas reuniões, devido a demanda, éramos poucos que íamos para as reuniões do conselho municipal, eu e o Marcel estávamos quase sempre, aprendendo tudo. E nestes encontros que percebi a quantidade de professoras negras que haviam ali, as quais me motivaram a seguir em frente, eram elas: Margareth, Ingrid, Carmem, Gisele, Cassiane, Marisa, Renata, Lisiane, entre outras. Estas professoras foram as bases da minha educação para as relações étnicas e do meu amadurecimento neste espaço que eram das reuniões. Observando o empenho delas nos espaços de ensino, Profa. Dra Cassiane era a única da Universidade Federal do Rio Grande as demais eram da rede estadual e municipal, mas que trabalhavam incansavelmente pela efetividade da Lei nº10639/03.

Nos encontros do conselho, foi onde observei o Turbante na cabeça das pessoas que estavam nas reuniões, a Maria da Graça Amaral, estava sempre com ele, por ser amiga das minhas tias, sempre me chamava a atenção de ver ela com o turbante. E foi em um dos encontros que conheci a MarciaDomingues e juntas percebemos a necessidade de ajudar nas atividades de novembro nas escolas, foi quando eu sugeri a criação da oficina de turbantes, que no próximo ano completa dez anos de projeto. No ano de 2015,  me tornei componente do Coletivo de igualdade racial e do combate ao racismo do Sindicato dos professores do RS- CPERGS.

Em 2017, participei como colaboradora do curso de extensão Introdução à Literatura Afro-Brasileira junto com o Prof. Rodrigo Pereira e a Profa. Mestra. Mara Lívia. No ano de 2018, representei o Rio Grande do Sul, na Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (IV CONAPIR) na temática da educação. Neste mesmo ano, apresentei uma palestra sobre “Ancestralidade e Pertencimento: a educação étnico-racial através dos museus “, organizada pelo Museu da Cidade do Rio Grande, sendo à primeira mulher negra na história do município a palestrar nesta temática naquele espaço. No próximo ano, em 2019, fui convidada a participar da Comissão Especial da Igualdade Racial da OAB do município de Rio Grande, como Membro Honorária, sendo a única professora entre o grupo. Neste mesmo ano, fui homenageada pela 18º CREA através da assessora das Relações Étnicas, pelo meu projeto Turbante-se com Gabriele Costa. Em 2020, foi o lançamento do livro “Meus pretos velhos:história, trajetória e identidades de famílias negras de jovens universitários.” no qual eu fiz parte contando um pouco da história da minha família, com o capítulo “Ancestralidade: Minha história de vida”.

Ingressei no mestrado em 2020, como cotista racial, levando a temática do turbante como formação de professores, ao ser orientada pela profa. Dra. Amanda Castro, fico inserido no Grupo Interdisciplinar Lélia Gonzáles, o qual me abre portas em plena uma pandemia de apresentar o meu projeto para o Brasil de forma online (sou muito grata). Em 2021 me torno professora da rede estadual de ensino, onde ao longo do ano nas onze turmas e nas três escolas, trabalhava a temática da pauta racial. E em 2023, torno o meu projeto, na minha dissertação de mestrado, nomeada de Educação Antirracista e formação docente através de oficinas de turbantes nas escolas de Rio Grande- RS sob a orientação da Profa. Dra. Amanda Castro e da Profa. Dra. Cassiane Paixão.

E nestes dez anos, de projeto Turbante-se , foram muitos espaços formais e informais de ensino, que me oportunizaram ensinar sobre o turbante e a sua história. Então a partir das minhas heranças e as ações no movimento social negro me constituiu para abrir as portas para a minha entrada nos espaços acadêmicos, com a contribuição em cursos de extensão para os professores da rede municipal e estadual, oficinas nos espaços, produções escritas, apresentações e eventos.

 

     

 
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MGI NÃO APRESENTA PROPOSTA PARA O PCCTAE: AGORA, É GREVE!

A direção da FASUBRA representando os trabalhadores técnico-administrativos de todo o país estiveram reunidos em Brasília, para discutir no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a proposta orçamentária do governo para o Plano de Carreira da categoria. O plantão da FASUBRA esteve presente nas manifestações que ocorreram em frente ao MGI.

Mobilização pelo PCCTAE

A quinta-feira foi um dia de mobilização, com ações em vários estados e mobilização no Distrito Federal, com a presença de centenas de trabalhadores na Esplanada dos Ministérios.

Estudantes de vários estados estiveram em Brasília realizando ações em defesa da Educação, inclusive em busca de investimento, orçamento para Universidades Públicas Federais, Institutos etc. também estiveram presentes no ato em frente ao MGI.

Foi um dia importante para iniciar a luta que promete e precisará ser intensa.

Reunião no MGI

A reunião da Mesa Específica de discussão do Plano de Carreira no Ministério que organiza o orçamento do governo teve início por volta das 15h. Além da FASUBRA Sindical, participou da mesa o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), que também representa trabalhadores em educação a nível Federal.

Representando o governo, estavam na mesa seis pessoas do Ministério da Educação de todas as áreas relacionadas à Educação Superior e Ensino Técnico. Incluindo Gregório Durlo Grisa, Secretário Executivo-Adjunto. José Lopez Feijoó, Secretário(a) de Relações de Trabalho, do MGI, participou do início da reunião. Da parte da FASUBRA, estavam presentes as Coordenadoras Gerais da Federação, Ivanilda Reis, Cristina del Papa e Loiva Chansis, além dos Coordenadores Jurídicos e de Relações de Trabalho, Marcelo Rosa e Daniel Farias, e das representantes da CNSC, Vânia Helena Gonçalves e Fátima dos Reis.

A discussão no MGI era basicamente orçamentária. Saber quanto o governo disporia para o PCCTAE. O documento apresentado para os trabalhadores, responde a alguns pontos que poderão ser discutidos posteriormente, no entanto, não apresenta nenhum valor específico para a carreira. Ficando os mesmos 9% apresentados em 18/12/2023 e a categoria deveria decidir se esse índice vai ser direcionado para a recomposição salarial (discutida na Mesa Geral de negociação), ou para a reestruturação da carreira.

E a valorização da Educação?

A FASUBRA  argumentou que se a Educação é prioridade do governo, como tem sido dito na propaganda oficial, a valorização dos trabalhadores é fundamental. Inclusive essa também é parte da propaganda. Porém, com 9% divididos entre 2025 e 2026, sem nenhum valor para 2024, não se vê valorização nem da Educação, nem dos trabalhadores.

Durante a reunião no Ministério, os representantes da FASUBRA apresentaram o calendário de mobilização e disseram que a categoria está com greve prevista para o dia 11 de março, e que a ausência de negociação com o governo não deixa outra alternativa para os trabalhadores, particularmente diante do fato de que os 9% não são suficientes sequer como reajuste salarial.

A categoria não tem como decidir entre recomposição salarial e reestruturação da carreira tendo um dos piores salários do serviço público. E outras categorias com salários melhores conseguiram deste governo índices maiores para reajuste e para o Plano de Carreira. Diante disso, não há como esperar que os técnicos-administrativos escolham entre uma coisa e outra, ambas são fundamentais inclusive para evitar o caos nas universidades, com a evasão de trabalhadores como tem sido alertado por nossa entidade.

Inclusão do MGI no Grupo de Trabalho do MEC

Um aspecto positivo da reunião foi a decisão de incluir o MGI no Grupo de Trabalho do MEC que discute com a CNSC. Como o MGI cuida do problema orçamentário, a participação do MGI pode abrir caminho para achar alternativas futuras.

Isso abre perspectivas de ampliação do debate e construção de longo prazo. Para o momento, a negociação só vai avançar com a mobilização dos trabalhadores em todo o país.

Mobilizar pela greve!

Diante da ausência de proposta e falta de avanço nas negociações, a greve prevista para o dia 11 de março precisa ser organizada.

A direção da FASUBRA vai se reunir com as entidades de base e todo o processo para a deflagração de greve deverá ser iniciado, desde as questões burocráticas, assembleias na próxima semana, comunicado às reitorias etc. Mas, principalmente, a mobilização de todos os trabalhadores para pressionar o governo e garantir um movimento forte em defesa da nossa carreira.

Na última sexta-feira, dia 23 de fevereiro, a Direção Nacional da FASUBRA e a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), reuniram-se para decidir sobre os encaminhamentos e orientação para a base com uma avaliação da reunião da Mesa Específica no MGI.

• 26 de fevereiro a 01 de março

Rodada de Assembleias para avaliar a reunião da mesa específica e organizar a greve de 11 de março.

• 28 de fevereiro

– 14h30 – 7ª Reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente com o MGI.

 
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Permita-me que eu fale, não as minhas cicatrizes

Tainá Valente Amaro – Psicóloga – Mestre em Psicologia Social. Professora substituta de Psicologia da FURG.

No mês de Novembro, somos atingidos por notícias sobre o tema Consciência Negra. Porém, pouco se ouve para além dos sofrimentos vivenciados pela população negra. Por isso, escolho como título para esse texto parte da música Amarelo, do cantor Emicida.

Sabemos que o racismo atravessa e produz adoecimento psicossocial e do quanto ele dita como a população negra sente, enxerga e vive. Mas, para além disso, é preciso pensar nas estratégias de (re)existência criadas por pessoas pretas, pois é através delas que comunicamos as nossas potencialidades, sonhos, desejos e necessidades.

Nos últimos anos a saúde mental tem ganhado uma maior visibilidade, principalmente após a pandemia. E sempre que eu falo sobre a saúde da população negra, reforço o quanto precisamos pensar o bem estar, o bem-viver, os voos possíveis e nossas projeções para o futuro. Entender que somos mais do que esse passado marcado pela escravização e colonização, é nos humanizar. O passado nunca deve ser esquecido, mas a nossa capacidade de construção para além dele é o que nos movimenta de forma saudável. Mas como é possível seguir essa busca quando constantemente nos deparamos com situações que acionam o sentimento de não pertencimento?

De acordo com uma pesquisa recente, realizada pela Globo e intitulada “O que falta para reinar? As Dimensões do Consumo Afro-Brasileiro”, mais da metade da população negra sente algum tipo de discriminação ao entrar em estabelecimentos comerciais. Os resultados foram divulgados durante o Festival Negritudes Globo e apontam que 79% dos consumidores negros acreditam que a discriminação racial vivida durante as compras afeta diretamente sua saúde mental e autoestima.

De acordo com Grada Kilomba, escritora e artista multidisciplinar, o racismo está presente em nossas memórias e afetos, o que torna necessária a construção de caminhos e espaços de cura para esses traumas. Portanto, os dados confirmam o fato de que situações como essas acionam lembranças que estão em nossos corpos, mesmo que a gente não saiba muitas vezes identificá-las.

Este ano, tivemos o lançamento da Frente Nacional de Negras e Negros da Saúde Mental (FENNASM), uma articulação de pessoas pretas trabalhadoras, estudantes, militantes, usuárias e pesquisadoras da saúde mental. E podemos, sim, considerar esse movimento como um grande avanço, pois é fundamental pensarmos os  atravessamentos raciais na saúde mental para que seja possível repensar a construção das instituições e serviços de saúde. Afinal de contas, o acesso a esses ambientes é um direito de todos.

Quanto pessoas pretas, precisamos identificar em nós a capacidade de produzir, a partir de nossos próprios termos, a nossa história. E esse movimento perpassa pelo reconhecimento de criação, protagonismo e do resgate de nossa humanidade, que os traumas raciais roubam.

Retomando aos os versos de Amarelo, quando Emicida fala que “se isso é sobrevivência, nos resumir a sobrevivência é roubar as coisas boas que vivemos”, ele nos dá pistas para que não deixemos que as experiências de falta ditem nossas ações e nossas vivências.

Conseguir enxergar nossa família, coletivos e os diversos espaços educativos que criamos e protagonizamos como pilares para que possamos construir boas experiências é o que irá nos fortalecer para seguir em frente.

 
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Governo Federal lançará sistema de avaliação de desempenho para servidores(as) público

O governo Lula está prestes a implementar um sistema de avaliação de desempenho para os órgãos e atividades do funcionalismo federal. Esse mecanismo, que poderá ser acessado pela população, será utilizado como critério para promoção na carreira e, em último caso, para possível desligamento por baixo desempenho, após esgotados os recursos.

O sistema faz parte do PGD (Programa de Gestão e Desempenho), que visa uma nova dinâmica de trabalho baseada em metas e entregas dos servidores da administração federal. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou que o sistema estará pronto em breve, com estimativa para o fim do primeiro semestre.

Até então, a avaliação de desempenho estava restrita à chefia do órgão, mas agora será ampliada para incluir a sociedade em geral. Isso permitirá uma avaliação mais abrangente e transparente do serviço público.

Para garantir o foco em resultados, cada unidade terá um plano de entrega e os chefes de setor serão responsáveis por monitorar os resultados dos servidores. Em caso de descumprimento do plano, está previsto um desconto na folha de pagamento do funcionário público, cuja métrica de cálculo será definida posteriormente.

Segundo a ministra Esther Dweck, essa iniciativa reflete a necessidade de maior controle social por parte dos cidadãos e o desejo de uma avaliação de desempenho dos servidores mais aprimorada. A ministra ressalta que a sociedade espera que os servidores públicos sejam produtivos e eficientes, e que este sistema contribuirá para essa meta.

 
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Economia Nacional creceu 2,45% em 2023, segundo Banco Central

A economia brasileira registrou alta em 2023, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que aponta um crescimento de 2,45%. O relatório é do Banco Central e foi disponibilizado nesta segunda-feira (19).

O IBC-Br é o parâmetro para se avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 11,25% ao ano.

Esse índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia (indústria, comércio e serviços e agropecuária) e o volume de impostos.

Além disso, houve também um aumento no IBC-Br no último trimestre do ano passado, de 0,22% uma alta de 1,8% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2022. 

 
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Assembleia decide sobre paralisação no dia 22

Dia: 22/02/24

Horário: 8h30min (1ª chamada)

9 h ( 2ª chamada)

Local: Auditório da APTAFURG

Pauta:

  • Informes;
  • Dia Nacional de Paralisação;
  • Assuntos gerais.

A assembleia acontecerá de forma hibrida e o link da sala virtual será enviado através dos grupos de whatsapp administrados pelo Sindicato.

 
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LGBTQIA+ da FASUBRA realiza segunda reunião do Coletivo

Aconteceu no último dia 31 de janeiro, de forma virtual, a 2ª Reunião do GT LGBTQIA+da FASUBRA . A reunião teve a participação da Professora Joyce Alves, Pró-reitora Adjunta de Assuntos Estudantis da UFRRJ, primeira mulher preta trans a ocupar esse cargo.

Também participou da reunião a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, representada pela Diretora de Proteção da População LGBTQIA+, Danielle da Silva Santa Brígida. A diretora expos os objetivos, estratégias e ações desenvolvidas pela secretaria para impulsionar a luta pelo combate ao preconceito/violência e pela garantia de igualdade.

Esta jornada foi um testemunho da união, resistência e determinação da comunidade LGBTQIA+ diante dos desafios. Continuaremos a luta, construindo um futuro mais inclusivo e respeitoso.